Voltar 03 de Fevereiro de 2021

Volta às aulas presenciais à beira do colapso total de saúde em Rondônia é criminosa


O Governo de Rondônia demonstra na prática, de que forma está conduzindo a pandemia do coronavírus em Rondônia e pretende expor desnecessariamente milhares de trabalhadores em educação, estudantes e seus familiares ao insistir com a ideia de retorno das aulas presenciais, enquanto o Estado mostra indícios de estar à beira de um colapso na saúde. Há poucos dias, Rondônia estava transferindo pacientes para outros estados, devido à superlotação de leitos de UTI. Agora, decide de maneira arbitrária e impositiva que  alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio voltem às escolas, sem discutir previamente com o representante dos trabalhadores em educação e, consequentemente, ignorando o Planejamento Estratégico construído em 2020, que regulamenta o retorno das atividades educacionais somente nos municípios que estiverem na fase 4 do Plano de Ação “Todos por Rondônia”.

Experiências como o caso de Manaus, revelam que o Brasil está longe do patamar seguro para o retorno das aulas, pois em menos de duas semanas, 1.064 dos professores que retornaram ao trabalho presencial no Estado, testaram positivo para a Covid-19, levando o governador Wilson Lima a desistir da ideia.  O caso aconteceu em agosto de 2020, quando o Amazonas nem imaginava sofrer com a situação caótica no sistema de saúde. Destaca-se ainda que estudos recentes apontam a existência de uma nova variante do SARS-COV-2 em 91% dos pacientes do Amazonas, revelando  que a mutação do vírus pode ser mais contagiosa e agressiva. Logo, pela distância territorial, Rondônia encontra-se na rota do inimigo invisível que se desenvolve, especialmente, com a ajuda de contatos entre pessoas.

As divulgações e experimentos científicos estão acesssíveis a todos, sendo o conhecimento o bem mais poderoso neste contexto de crise sanitária. Por isso, questiona-se ao Governo de Rondônia quais as reais condições proporcionados aos trabalhadores em educação e a população como um todo com o possível retorno e quem serão os responsabilizados pela tragédia previamente anunciada. O Sintero interroga ainda se as escolas estão estruturadas para receber os estudantes e se serão capazes de evitar que a trasmissão comunitária ocorra e ainda, se o sistema de saúde público está preparado para atender um possível aumento de casos e internações, caso seja necessário. É importante ressaltar que grande parte dos trabalhadores em educação possuem idade avançada e doenças crônicas, portanto, fazem parte do grupo de risco.

O Sintero reforça que seu posicionamento permanece contrário ao retorno das atividades presenciais nas escolas, até que haja vacinação para todos os trabalhadores em educação. Além disso, reitera a luta pela criação de políticas públicas conscientes para conter a disseminação do vírus, repudiando práticas impulsivas, que colocam os interesses econômicos dos grandes empresários acima da saúde e segurança da população rondoniense. Neste momento, em que autoridades e especialistas em saúde reforçam a necessidade de adoção de medidas de distancimento e isolamento social como opções mais eficazes ao combate do coronavírus, o Sintero pede o envolvimento dos orgãos de controle para que se manifestem sobre o assunto. De antemão, o Sintero informa que irá recorrer a todas as instâncias possíveis para impedir que a decisão se efetive.


1 Comentários

  • Wilson lopes da costa melo
    10 de Fevereiro de 2021

    De fato o caso é seríssimo, viajei de Rondônia, para Teresina, estava imune, mas acredito que fui acometido deste maldito Vírus, fiquei 10 dias internados, graças ao bondoso nosso Deus, estou me recuperando para retornar! Férias interronpida..

Deixe um Comentário

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

CNTE
Educação Pública EU APOIO
CUT
FNDE