O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha e o Dia Nacional da Mulher Negra, ambos celebrados em 25 de julho, serão ainda mais especiais para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Na data, a secretária de Combate ao Racismo da instituição, Iêda Leal, participará da 5ª edição do evento “Julho das Pretas”, realizado pelo Instituto Odara, em Salvador/BA. A iniciativa busca fortalecer e apoiar as atividades desenvolvidas por coletivos e organizações e apontar caminhos de transformação da sociedade.
“Teremos a oportunidade de debater sobre como o movimento das mulheres negras pode se organizar na educação. A violência contra elas extrapola os muros da escola e precisamos lutar para garantir cidadania e respeito, em especial no combate ao racismo”, lembra Iêda Leal. Na visão da secretária, a CNTE tem papel significativo em iniciativas de empoderamento, na disseminação de conhecimento sobre leis e direitos, e apoio a ações de valorização e reconhecimento das educadoras.
Na agenda do “Julho das Pretas”, está prevista a conferência de abertura “Angela Davis: atravessando o tempo e construindo o futuro da luta contra o racismo”, no auditório da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Com trabalho reconhecido como ativista, filósofa e feminista, a estadunidense apresentará as percepções sobre o histórico da luta das mulheres e do povo negro e as perspectivas para os próximos anos. A programação, que segue até o dia 26, prevê, ainda, o diálogo “Mulheres Negras transversais do Tempo: negras jovens enfrentando o racismo, a violência e pelo bem viver”, sarau, apresentações culturais e exposição de empreendedoras.
Sobre o 25 de julho
A Lei nº 12.987/2014 instituiu, no Brasil, o Dia Nacional da Mulher Negra. A ação foi inspirada pelo Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, criado, em julho de 1992, como marco de luta e resistência.
Fascículo “Educação para as relações etnicorraciais”
Publicado pela Escola de Formação da CNTE – Esforce, o fascículo tem por objetivo subsidiar a sociedade para o engajamento contra todo tipo de preconceito. O item 7, na página 38, é intitulado “Negras mulheres, trajetórias de luta e resistência: nossos passos vêm de longe”.
A edição foi coordenada pela secretária de combate ao racismo da Confederação, Iêda Leal, e teve equipe de pesquisa e produção de texto composta por Janira Sodré Miranda, professora da Coordenação de Filosofia e Ciências Humanas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás; Luís Cláudio de Oliveira, educador do Departamento de Formação de professores da Faculdade de Educação da baixada fluminense/UERJ, e por Roseane Ramos Silva, educadora da Rede Estadual de Goiás.
Fonte: Assessoria