Voltar 05 de Agosto de 2013

8º Encontro de funcionários de escolas renova luta por valorização


Após três dias de trabalhos intensos, ricas discussões e troca de experiências entre estados de todo o Brasil (e até uma representação internacional, do Uruguai), funcionários (as) da educação encerraram o 8º Encontro Nacional com um saldo de propostas a serem encaminhadas e o fôlego renovado para a luta por valorização e por uma escola pública de qualidade. O evento foi realizado entre os dias 24 e 26 de julho em Maceió, e Rondônia participou com uma delegação de 17 trabalhadores em educação da base, representantes de todas as Regionais.

O presidente do Sintero, Manoel Rodrigues, que já foi coordenador nacional do Defe, participou do evento e fez um relato da luta desenvolvida em Rondônia em defesa dos funcionários de escolas, que no nosso estado são denominados Técnicos Administrativos Educacionais.

Para o coordenador do Defe, Edmílson Lamparina, o evento produziu resultados positivos. “Esse foi um dos melhores encontros que nós já fizemos. Teve uma participação muito grande nos debates”, disse. Ainda segundo ele, “foi grande também pela representatividade, apenas três estados não estavam aqui, isso engrandece a representação do DEFE nos sindicatos. Muito positivo pelos pontos que discutimos aqui. Pensamos o dia-a-dia dos funcionários não só para melhorar condição de vida deles, como proporcionar também uma melhoria na educação pública do país, no caminho de torná-la socialmente referenciada”.

Muito além do salário

Vendo a educação como uma prioridade, a discussão foi muito além das questões individuais. Financiamento, gestão democrática, projetos de lei, formação e valorização, e até conjuntura política foram temas presentes. Em todas as mesas, o debate foi marcado por muitas intervenções dos participantes, que foram construindo o debate cada vez mais completo, pensando a realidade dos diversos locais.

Contra o PL da escravidão

Durante todo o evento, a terceirização esteve presente nos debates. Foi fortalecida a posição contraria ao PL 4339, que requer mobilização para que não seja aprovado. Experiências muito parecidas em diversos lugares do país deixaram ainda mais clara a necessidade de unificação e enfrentamento a esse que foi definido pelos trabalhadores como o PL da escravidão.

Os palestrantes que deram início aos debates foram: Sandra Lucia Lira (UFAL), Milton Canuto (Vice Presidente da CNTE), Marta Vanelli (Secretária Geral da CNTE), Jacy Afonso (Secretário de Organização e Política Sindical - CUT), João Monlevade (Consultor do Senado Federal), Maria Cristina Madeira da Silva (IFAC), Ione Vasquez (Professora Doutora da UnB), Fátima Cleide (Ex-senadora da República) e Luiz Dourado (UFG). A ex-senadora Fátima Cleide recebeu inúmeras demonstrações de carinho e admiração em reconhecimento ao mandato que trouxe tantos avanços e reconhecimento para a categoria.

Na plenária final, realizada na noite do dia 26, foram encaminhadas as propostas para transformar a discussão em luta por concretização das propostas. O espírito democrático prevaleceu, e as divergências de opinião só tornaram o debate ainda mais rico. “O que nós fizemos aqui foi importante para a vida de muitas pessoas. Nós vamos lutar para implementar tudo o que foi discutido aqui”, finalizou Lamparina.

Fonte: Assessoria


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