O ex-presidente da Comissão Bicameral do Conselho Nacional de Educação, César Callegari, pediu exoneração do cargo por discordar da farsa criada pelo governo federal para impor a reforma do ensino médio com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Os problemas da reforma do ensino médio, a “maquiagem” criada pelo governo no ensino público e as consequências para o aprendizado foram discutidos em seminários realizados pelo Sintero em todas as Regionais no período de 19 a 29 de junho, que tiveram como convidados professores do Ensino Médio, supervisores escolares, orientadores, representantes dos estudantes do Ensino Médio, representantes dos pais e os conselhos escolares.
As palestras foram proferidas pelo professor Gilmar Soares Ferreira, Secretário de Assuntos Educacionais da CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.
Em carta divulgada na semana passada, César Callegari explica as razões pelas quais deixou a presidência da Comissão. Segundo ele, a nova BNCC trata o ensino público como mercadoria, prioriza as disciplinas de língua portuguesa e matemática sem dar importância ao conteúdo das demais disciplinas, abre o ensino médio para que seja oferecido à distância podendo substituir professores por pacotes de EAD e dispensando laboratórios e bibliotecas, além de permitir que recursos públicos da escola pública passem a ser compartilhados por instituições privadas, ou a possibilidade de que profissionais práticos com “notório saber” e não licenciados possam ministrar aulas na educação básica.
Tudo isso, conforme vem denunciando o Sintero, a CNTE, para criar uma falsa imagem de melhoria dos índices no ensino público.
Segundo o professor Callegari, o governo federal diz que o “novo ensino médio” já teria sido aprovado pela maioria dos jovens, o que não é verdade, pois nenhuma mudança chegou às escolas e talvez para a maioria elas nunca cheguem. “O governo alardeia a oferta de um leque de opções para serem escolhidas pelos estudantes, mas na sua BNCC não indica absolutamente nada sobre o que esses “itinerários formativos” devem assegurar”, destaca.
A presidente do Sintero, Lionilda Simão, considera grave a imposição, por parte do governo federal, de um modelo fadado ao fracasso, desperdiçando, assim, uma oportunidade de propor uma reforma que realmente venha a contribuir com a melhoria da qualidade do ensino.
“Cada vez mais o governo vem adotando medidas para mascarar os problemas da educação pública. Hoje em dia o aluno que não aprendeu o conteúdo, não consegue fazer uma prova, alguns que não conseguem sequer ler e escrever corretamente, não podem ser reprovados. Isso para gerar um alto índice de aprovação, uma falsa ideia de qualidade do ensino. Para nós, profissionais da educação, isso é um retrocesso e precisa ser denunciado e combatido. Lutamos por melhorias na qualidade do ensino, e não pela falsa imagem criada pelo governo”, disse.
Esse negócio de farsa na educação vem de longos anos. Vamos analisar algumas questões: Aprovação sem mérito. Progetos pra complementação de carga horária. Recuperação paralela. Pressão pra aprovação a qualquer custo.
Isso não é novidade, aqui no nosso estado o Ensino Médio no campo 80% ja é no sistema EAD, instalado pelo governo estadual visando economizar na contratação de professores, implantou o ensino Médio com Mediação Tecnológica (Ensino Médio Virtual).
Desse Governo Federal, devemos esperar tudo! Um Governo que traiu os ladãos que ele ajudou a roubar,e, ainda paga, os ladãos que estão no congresso para não cair do poder, não se pode esperar desse cavalheiro negro que estar no poder.