A decepção dos moradores de Porto Velho e de turistas quando tentam visitar a Estrada de Ferro Madeira Mamoré se estende a quem procura conhecer outros locais, como a Vila dos Ferroviários.
O abandono do local pela Prefeitura de Porto Velho é denunciado por entidades como o sindicato dos soldados da borracha.
Logo na entrada para a Praça da EFMM os visitantes se deparam com uma invasão de barracas, tendas, carrinhos e outras instalações clandestinas que tomam todo o calçamento da Avenida Farquar e a parada de ônibus existente no local.
Em frente à Vila dos Ferroviários, sacolas plásticas trazidas pelo vento rolam pela calçada afora. Cestos de lixos suspensos sem fundo amontoam-se. Cães disputando restos do que foi um peixe chamam a atenção. Pontas de cigarros jogadas espalham-se pelo chão. Embalagens de preservativos usados espalhados pelo local. Calçadas sujas e invadidas pelo mato, bancos com assentos destruídos, vão revelando um cenário de abandono total.
É dessa forma que se encontra a o parque da lendária Estrada de Ferro Madeira Mamoré e a histórica Vila Ferroviária na cidade de Porto Velho. O cenário que se tornou esse lugar é muito distante e diferente do que já foi um dia. Com o registro constante de roubos e assaltos à luz do dia, o local com seus quiosques destruídos por vândalos se tornou ponto de venda de entorpecentes e abrigo para moradores de rua, usuários de drogas e marginais.
Durante os últimos meses vários ex-ferroviários vêem se reunindo com diversas autoridades, inclusive com o Iphan, o Ministério Publico Federal e a Funcultural com a finalidade de discutir a situação daquele patrimônio histórico. Entre as reivindicações, além da recuperação do patrimônio histórico, está a proibição do tráfego de veículos pesados pelo local, pois além da destruir as vias públicas, trazem perigo à segurança dos moradores.
Preocupados, os ex-ferroviários denunciam o alargamento da própria Vila Ferroviária, a destruição da antiga arquitetura do espaço tombado e a extração de todas as árvores do local.
As conseqüências do abandono do local se agravam a cada dia, na mesma proporção da falta de vontade política da administração municipal de resolver o problema, e da inércia do atual prefeito, que não dá demonstrações de que pretende buscar uma solução.
Os moradores denunciam que as interferências equivocadas feitas no complexo da EFMM pela administração anterior causaram rachaduras e a abertura de fendas em várias casas. Por isso eles pedem socorro e exigem o cumprimento da Portaria nº 231/2007, do Iphan, e do Decreto Lei nº 25/37, visando salvar o complexo tombado pelo patrimônio histórico.
Fonte/Autoria: Sindsbor/Sintero
Fonte: Assessoria