A pesquisa realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ouviu mais de 100 mil professores e diretores de escola do segundo ciclo do ensino fundamental e médio (alunos de 11 a 16 anos) e constatou que o Brasil está no topo do ranking de violência em escolas.
De acordo com a OCDE 12,5% dos professores brasileiros são vítimas de agressões verbais, 34% recebem intimidação de alunos e 11,8% são vítimas de vandalismo e furto. Todas essas ocorrências acontecem pelo menos uma vez na semana.
Em Rondônia esse triste cenário tem sido cada vez mais comum, como é o caso do professor José Paulino, que atua na Escola Estadual Maria de Nazaré, no distrito de Jaci-Paraná, que foi atacado com palavras agressivas e empurrões por um aluno de 16 anos. Também foi registrado caso de violência na Escola Estadual Marcos Bispo em Ji-paraná, ao professor Rubens da Silva Lima que já foi agredido nove vezes por um aluno. Esses são apenas alguns dos exemplos de agressão que aconteceram no ano de 2018 aos profissionais da educação.
A Diretoria do Sintero já solicitou da Secretaria de Estado da Educação (SEDUC), ações efetivas no sentido de coibir a violência nas escolas contra os profissionais de educação com a implantação de medidas protetivas e ações educativas que possam conscientizar os alunos agressores a não terem mais esse tipo de comportamento.
A presidente Lionilda Simão de Souza garante que o Sintero vai continuar fazendo as cobranças necessárias e lutando para que a segurança desses profissionais seja garantida.
“Os professores e demais profissionais da educação precisam de segurança, de garantia de sua integridade física e de valorização para desempenharem bem as suas funções. É inaceitável que essa situação continue a ocorrer. Vamos continuar cobrando do Governo de Rondônia, até que as providências sejam tomadas”, finalizou.
Vale ressaltar que os dados apresentados foram colhidos em 2013, entretanto a atualização desses índices será providenciada pela OCDE e será feita nova divulgação em 2019.