O Sintero vem a público manifestar repúdio diante das declarações feitas pelo deputado federal Ricardo Barros (Progressistas/PR), líder do governo na Câmara dos Deputados. Em suas palavras, ele afirma que os professores “não querem trabalhar” durante a pandemia da Covid-19. Ainda de acordo com o parlamentar, profissionais de diversas áreas continuam trabalhando e, por isso, “não tem nenhuma razão para o professor não dar aula”. O discurso foi feito pelo deputado federal durante sua defesa em favor do Projeto de Lei nº 5595/20, que torna as atividades educacionais como essenciais.
O Sintero lamenta que o parlamentar tenha um posicionamento grotesco e de total desrespeito com os profissionais em Educação, que não paralisaram suas atividades, pelo contrário, tiveram que se reinventar e custear condições mínimas de trabalho, que incluem estrutura e equipamentos de informática, sem que o Poder Público proporcionasse assistência e formação. Diariamente, docentes e técnicos educacionais se desdobram para dar conta da nova rotina imposta pela pandemia, com novas atribuições que até então, eram desconhecidas para eles. Como consequência da falta de políticas educacionais após mais de um ano de pandemia, esses profissionais sofrem com a sobrecarga de trabalho, tendo que custear o aumento de despesas domésticas em razão do trabalho em “home office”.
O Sintero de forma lúcida, sempre se posicionou informando que as atividades remotas não podem substituir a interação pedagógica e social entre alunos e professores, fatores de extrema necessidade no processo educacional. Por isso, tem conhecimento de que não é possível atingir a todos os alunos da Rede Pública com essa metodologia de ensino via audiovisual. Entretanto, esclarece que cabe justamente aos governantes e legisladores, entre estes, o deputado federal Ricardo Barros, propor, criar e apontar estratégias para que a Educação Pública se torne acessível para todos, inclusive podendo partir dos parlamentares iniciativas de projetos de lei com o objetivo de distribuir chips, internet banda larga, computadores, celulares entre outros aparelhos tecnológicos aos alunos e professores.
Como líder do governo na Câmara dos Deputados, o parlamentar possui ciência de que há alguns dias o presidente Jair Bolsonaro vetou o Projeto de Lei nº 3.477/2020, que garantia tablet e internet para alunos e professores do Ensino Público. Portanto, questiona-se a contradição ou talvez, amnésia por parte do mesmo, pois não há justificativa de que acusações contra os trabalhadores em educação sejam declaradas publicamente enquanto seus apoiadores buscam justamente impedir que os estudantes brasileiros tenham acesso à Educação ou que em sua visão distorcida, os docentes trabalhem.
O Sintero repudia ataques e declarações como estas que visam desvalorizar o papel dos docentes e demais servidores em Educação. Neste momento crítico da pandemia que vidas continuam sendo perdidas sem que haja previsão de melhorias, os profissionais em educação merecem verdadeiras e honrosas homenagens, pois apesar das escolas suspenderem suas atividades presenciais, não houve paralisação do trabalho e sim, um grande acréscimo de demandas. Educação precisa sim ser considerada essencial, mas esse reconhecimento deve ser mostrado também na prática, com investimento, valorização e respeito. O Sintero destaca que seu posicionamento permanece contrário ao retorno das aulas presenciais até que haja vacinação para todos os trabalhadores em educação e para uma parcela expressiva da sociedade.
Até parece que os políticos brasileiros trabalham a contento .......Ledo engano pois depois que são eleitos só votam matérias de interesses próprios e vetam tudo que seria de interesse público, principalmente se é algo que beneficie os funcionários públicos.E sem contar as mordomias que abraçam em todas as esferas ?
Se fosse um governo competente e menos desumano já estaria vacinando os profissionais da educação e criando medidas de segurança para trabalhadores e estudantes, em vez de querer expor todos ao vírus.