Desde que foi anunciada a decisão da categoria de entrar em greve, o governo vem fazendo tentativas de esvaziar o movimento.
Na segunda-feira, dia 19/02, pela manhã a direção do Sintero recebeu uma ligação telefônica do secretário Chefe da Casa Civil, Emerson Castro, que manifestou interesse em conversar imediatamente com a presidente do sindicato, Lionilda Simão.
Foi respondido que o Sintero não aceita conversa com um diretor ou uma diretora isoladamente. Reuniram-se, então, os diretores que estavam no sindicato naquele momento para conversar com o secretário.
Participaram da reunião a presidente Léo e os diretores Manoel Rodrigues (secretário de Finanças), Dioneida Castoldi (secretária Geral) e Maria de Fátima Ferreira Rosilho, a Fatinha (secretária de Política Social e Saúde do Trabalhador).
Na reunião com o secretário Emerson Castro, a direção do Sintero reiterou os problemas enfrentados pela categoria, já relatados em reuniões anteriores, e argumentou que quer dialogar diretamente com o governador Confúcio Moura, pois a MENP só tem atuado no sentido de negar o atendimento de reivindicações.
Emerson Castro respondeu que o governador vai deixar o cargo em abril, e por isso não vai tomar nenhuma decisão sem antes conversar com o vice-governador, Daniel Pereira, que assumirá o cargo. Os diretores do Sintero, então, pediram uma audiência com o vice-governador Daniel Pereira.
Poucas horas depois a direção do Sintero recebeu outra ligação telefônica informando que o vice-governador gostaria de vir pessoalmente ao sindicato conversar com a diretoria.
Por volta das 18 horas da segunda-feira, dia 19/02, Daniel Pereira chegou ao Sintero acompanhado do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Maurão de Carvalho (PMDB), onde se reuniu com a presidente Lionilda Simão e com os diretores José Augusto (Organização), Dioneida Castoldi (secretaria Geral), Francisca Diniz (Assuntos Educacionais), Rosenilda Ferreira de Souza Silva (Gênero e Etnia), Antônio Alves Ferreira, o Ferreirinha (Funcionários de Escolas) e Maria de Fátima Ferreira Rosilho, a Fatinha (Política Social e Saúde do Trabalhador), além de diretores da Regional Norte.
Na ocasião os diretores do Sintero relataram toda a situação, os embates com a MENP, a defasagem salarial, os problemas com o projeto Gênesis, a demora na tramitação dos processos de aposentadoria, e reiteraram o Plano de Valorização dos trabalhadores em educação, apresentado ao governo ainda em dezembro de 2017.
A direção do sindicato repassou ao vice-governador a informação prestada pelo secretário Chefe da Casa Civil, de que o governador Confúcio Moura não quer tomar nenhuma decisão sem antes conversar com seu substituto, alegando questão de ética.
Daniel Pereira disse que, como vice-governador, nunca foi chamado para as reuniões entre o Sintero e o governo, e desde o início do governo se colocou na posição de não interferir na administração do titular, Confúcio Moura.
Daniel Pereira e Maurão de Carvalho ficaram “surpresos” ao tomarem conhecimento da situação dos trabalhadores em educação. Não conseguiram explicar como existe servidor que há 10 anos aguarda a tramitação do processo de aposentadoria.
Também causou “surpresa” ao vice-governador e ao presidente da Assembleia Legislativa os prejuízos gerados pelo projeto Gênesis na lotação de servidores, o que tem desestabilizado muitas escolas.
A presidente do Sintero destacou que não é contra a reorganização e a modernização, mas quando a mudança mexe com a vida dos profissionais, eles precisam ser ouvidos. Observa-se que o governo está copiando programas de outros estados que podem dar certo em outras realidades, como o projeto Gênesis, mas que não está de acordo com as peculiaridades de Rondônia.
O Sintero está acompanhando a situação, e logo no início da implantação a direção do sindicato procurou a Seduc. Na ocasião, foi dito que esse sistema não traria nenhum prejuízo aos servidores. No entanto, quando foi colocado em prática, muitos servidores relataram situações que, inclusive, configuram assédio moral.
Antes de deixar a Sede do Sintero, Daniel Pereira disse que ainda naquela noite teria uma reunião com o governador Confúcio Moura para tratar de outros assuntos, mas que iria inserir a greve na pauta.
Disse que no dia seguinte iria a Brasília discutir a transposição, pois a transferência de servidores para a folha da União ajudaria o estado a economizar recursos financeiros.
O deputado estadual Maurão de Carvalho disse que ficou estarrecido com o relato que ouviu do Sintero, com a quantidade de servidores que aguardam a tramitação de processos de aposentadoria, e disse que procurou investigar a situação salarial dos professores e dos Técnicos Educacionais, chegando à conclusão que Rondônia ocupa o penúltimo lugar no ranking dos piores salários do país.
O presidente da Assembleia Legislativa lembrou que diante dessa situação, procurou o governador Confúcio Moura e manifestou sua preocupação com a educação no estado.
Ao final da reunião, os diretores do Sintero disseram que aguardam um retorno do governo, que aquele foi o primeiro contato com o governo após o anúncio da greve, mas isso não impediria a deflagração do movimento grevista.
Os diretores do Sintero estão mobilizando a categoria em todo o estado para reforçar o movimento, pois só através da luta é que os profissionais da educação conquistarão os seus direitos, então não respeitados pelo governo.
Disse que no dia seguinte iria a Brasília discutir a transposição, pois a transferência de servidores para a folha da União ajudaria o estado a economizar recursos financeiros. bla,bla bla, bla isso ja ouvimos da outra vez quantos servidores ja passaram pra folha da uniao..
Esperamos que os Professores aposentados também entrem na discussão da greve, pois estamos recebendo salário abaixo do Piso que é de R$ 2.455,00. Obrigado/
Aposentados foram beneficiados pelo aumento dos professores.
Cadê na pauta para tirar essas gratificações.que estamos se aposentado com uma mísera, essa executiva e culpada n está preocupada com quem vai aposentar
Dirce, não é a executiva quem coloca ou tira gratificação. Você não foi vista no movimento de greve para reforçar a luta por reajuste real. Contamos com a sua presença amanhã e nos demais dias de greve.