Sintero – Regional Cone Sul, vem a público esclarecer que no dia 31 de maio de 2013 os Trabalhadores em Educação da rede Estadual que se encontram no movimento de greve, surpreendentemente, foram impedidos de entrar no prédio da Câmara Municipal de Colorado D’Oeste, onde acontecia um evento público promovido pelo Governo do Estado.
É a primeira vez em toda História de Colorado que a Casa Legislativa teve as portas fechadas ao povo trabalhador. Os seguranças ali postos estavam a mando do governador, que se diz “Governo da Cooperação” e “governo do diálogo”, mas que ordenou a repressão e a discriminação, já que a qualquer cidadão era permitida a entrada no recinto, sendo vedado o acesso apenas aos trabalhadores em educação.
O que se viu na Câmara Municipal de Colorado foi uma flagrante violação do artigo 5º da Constituição Federal que garante a liberdade de ação e de expressão. Por alguns momentos o episódio reproduziu o abuso de autoridade e o autoritarismo da ditadura militar, manchando a democracia e o histórico de liberdade, conquistados pelo povo brasileiro à custa de muita luta e até do derramamento de sangue daqueles que lutaram pelo estado democrático de direito.
O mais triste e igualmente lamentável é que, com a exceção aos vereadores Marilei e Almino, os demais vereadores de Colorado D’Oeste foram coniventes com tal situação. Entre estar com o povo trabalhador e estar com os mandantes deste Estado, os vereadores viraram as costas para o povo e preferiram aplaudir o governo, como se nada estive acontecendo naquele lugar.
Qualquer trabalhador, eleitor, cidadão honrado e honesto pode pensar que como representantes do povo os vereadores deveriam dizer ao governo que jamais aquela Casa de Leis poderia fechar as portas para a população. Ao invés de aplaudirem, os vereadores deveriam repudiar a atitude do governador. Seria o gesto mínimo de apoio aos trabalhadores, a quem os vereadores devem prestar contas de sua atuação parlamentar.
Há que se destacar que o governador não é patrão dos vereadores, embora alguns equivocadamente compreendam dessa forma. Sendo assim, não dá para entender o motivo de tanto medo. Ou seria covardia?
Desculpas demagógicas não reparam os danos causados à democracia, à Constituição, à liberdade, e, principalmente, ao estado psicológico de quem sofreu humilhações. Para os trabalhadores em educação ficou uma grande lição. A partir desse triste episódio os trabalhadores serão mais criteriosos na hora de votar para escolher seus representantes.
Fica a certeza de que nas últimas eleições a população não votou certo. No próximo pleito os trabalhadores procurarão votar em quem os representará verdadeiramente, e não em políticos que depois de eleitos vão representar o governo.
Por fim, o Repúdio dos trabalhadores em educação ao governador Confúcio Moura, eleito com a promessa de valorizar a educação, mas que demonstra não ter capacidade para dialogar com os servidores públicos e resolver os problemas da administração estadual. Ao contrário, o governo expõe a sua faceta de opressor. O repúdio dos trabalhadores, também, ao senador Valdir Raupp, que, aliado do governador, é coautor ou, no mínimo, conivente com as ordens dadas pelo governador para impedir a entrada dos trabalhadores na Câmara Municipal de Colorado D’Oeste.
Fonte: Assessoria