A exoneração do diretor Chiquinho Lopes e da vice-diretora Ivonete Vieira gerou forte indignação na comunidade escolar da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Prof. João Bento da Costa, que criticou a postura da Secretaria de Estado da Educação (Seduc). A decisão ocorreu após estudantes denunciarem, nas redes sociais, a cobrança por material xerocado para provas, serviço oferecido por uma empresa terceirizada parceira da escola.
A repercussão levou à exoneração do diretor Chiquinho e da vice-diretora Ivonete, sob a justificativa de que ele teria consentido com a cobrança por representar a gestão. No entanto, Chiquinho estava de férias no período em que o caso ocorreu, o que gerou indignação na comunidade escolar, que questiona a falta de diálogo por parte da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
Durante visita da diretoria executiva do SINTERO, no dia 3 de junho, servidores e servidoras da escola relataram que o professor acusado de cobrar pelo material, na verdade, solicitava aos alunos que levassem a apostila usada em sala ao longo do ano letivo. Segundo os relatos, o estudante que disse não ter feito a prova por falta do material apresentou comportamento desrespeitoso, chegando a debochar do professor. Por causa dessa atitude, o professor pediu que ele saísse da sala. A decisão foi motivada pelo desrespeito, e não pela cobrança do material xerocado.
A comunidade escolar manifestou apoio aos gestores afastados e pediu o retorno imediato de Chiquinho e Ivonete. O sindicato destacou que a gestão democrática deve garantir a participação da comunidade escolar nas decisões da escola, com transparência e direito de defesa para os servidores e servidoras.
“Uma escola forte é aquela onde professores/as, técnicos/as, estudantes e comunidade têm vez e voz de verdade. Essas situações acontecem justamente porque não há gestão democrática; se houvesse, não estariam ocorrendo esses fatos. Por isso, o SINTERO defende a gestão democrática, que garante a participação da comunidade escolar nas decisões, com transparência e direito de defesa”, destacou Dioneida Castoldi, presidenta do SINTERO.
Além das ações de diálogo direto com a comunidade escolar, o sindicato já protocolou um documento formal solicitando uma reunião com providências da Seduc para sanar a situação de forma adequada.
Fonte: Secretaria de Imprensa e Divulgação - SID