Uma delegação do Sintero, formada por trabalhadores e trabalhadoras em educação de todo o Estado, participa nesta quarta-feira (12/8), em Brasília, da 5ª Marcha das Margaridas, uma manifestação nacional pelos direitos das mulheres, coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e entidades parceiras.
Os organizadores da marcha esperam a participação de mais de 100 mil mulheres do campo, da floresta, das águas e das cidades – de todos os estados brasileiros e de algumas partes do mundo. A concentração foi no estádio Mané Garrincha, de onde as mulheres saíram em passeata pela Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional.
Elas defendem igualdade, democracia, o fim da violência, agroecologia, terra, educação, saúde e o cumprimento de direitos básicos.
A partir das 15h, a presidente Dilma Rousseff deve anunciar, em cerimônia no estádio, o compromisso político do governo federal com a pauta das Margaridas.
Ontem (11/8), à tarde, foi realizada uma conferência com o tema “Margaridas seguem em Marcha por Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”. À noite foi feita a abertura oficial do evento.
Além da passeata e da conferência, a Marcha das Margaridas deverá promover painéis sobre vários temas, como: Enfrentamento à Violência contra as Mulheres; Mulheres na luta por autonomia econômica, trabalho e renda; Mulheres em defesa da sociobiodiversidade e acesso aos bens comuns; e Mulheres Rurais Guardiãs da Cultura Camponesa.
Reivindicações
O Caderno de Pauta de Reivindicações da Marcha das Margaridas, entregue para o governo federal e o Congresso Nacional, é resultado de intensas jornadas com discussões coletivas realizadas em todos os estados. Contemplam os anseios e as demandas específicas de cada região brasileira, com fundamentação e vivência de quem está na base, trabalhando e lutando diariamente por uma vida mais digna.
História
A primeira Marcha das Margaridas foi realizada em 2000, quando cerca de 20 mil mulheres de todas as regiões desembarcaram em Brasília. A 2ª Marcha aconteceu em 2003, a terceira em 2007 e, em 2011, mais de 100 mil mulheres participaram da 4ª Marcha das Margaridas.
O dia 12 de agosto marca o assassinato de Margarida Maria Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Alagoa Grande, na Paraíba. Margarida morreu em 1983, aos 50 anos, vítima de um tiro de espingarda no rosto, crime encomendado por latifundiário que se viu ameaçado pela luta constante da trabalhadora. Ela esteve à frente do sindicato por dez anos, lutando por direitos trabalhistas como respeito aos horários de trabalho, carteira assinada, 13º salário e férias remuneradas: “É melhor morrer na luta do que morrer de fome”, afirmava Margarida Alves.
Fonte: Assessoria