No dia 24 de fevereiro é celebrada a conquista do voto feminino no Brasil. A data é relembrada como um dia de luta e abre espaço para discussão sobre os avanços das mulheres na ampliação dos direitos políticos e de igualdade. 

Destaca-se que essa conquista só foi assegurada em razão da organização, luta e mobilização das mulheres que, até então, não eram reconhecidas pelo código eleitoral. Somente em 1932, que o país assegurou e reconheceu o voto feminino.

Passados 90 anos, atualmente, as mulheres são responsáveis por 52% do eleitorado brasileiro, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar disso, as estatísticas mostram que o número de mulheres eleitas na última eleição não são proporcionais a este público, visto que os espaços de decisão política são ocupados majoritariamente por homens em todas as esferas de poder. 

Com baixa representatividade, as consequências ocasionadas pela desigualdade de gênero contribuem para que as pautas feministas não avancem, necessitando assim, de uma intensa mobilização para ampliar o acesso das mulheres aos espaços de poder, de modo que elas atuem na elaboração de políticas públicas de enfrentamento a todas as formas de violência, promoção da igualdade salarial entre homens e mulheres, combate ao racismo, homofobia e intolerância religiosa, para a prevenção, denúncia e responsabilização de crimes contra as mulheres. 

A Secretária de Gênero e Etnia, Rosa Negra, ressalta a importância do fortalecimento, ampliação e participação política das mulheres, de forma a promover formação política e incentivo às mulheres para que ocupem cargos de liderança e efetivem a democracia pela qual tanto lutam.