Conforme anúncio feito pelo Sintero nos últimos dias, os trabalhadores em educação estaduais entraram em greve por tempo indeterminado nesta terça-feira, dia 21/05. A categoria reivindica, entre outros itens, reposição salarial, a implantação efetiva do Plano de Carreira, o pagamento da licença prêmio em pecúnia, a regulamentação da lei dos precatórios, e valorização dos profissionais da educação.
Embora o cálculo do percentual de adesão ainda não tivesse sido concluído até o final da manhã, a direção do Sintero estima que 80% dos trabalhadores em educação paralisaram as atividades na Capital e no interior.
Para o primeiro dia de greve foram programadas assembleias, concentrações e protestos em todas as Regionais.
Em Porto Velho a categoria se concentrou na Praça das Três Caixas D’Água, onde já estão os trabalhadores em educação municipais, em greve há 15 dias. Em seguida os grevistas saíram em passeata pela Avenida Carlos Gomes, seguiram pela Avenida Farquar, Avenida 7 de Setembro, Rua José de Alencar, e fizeram uma parada em frente ao Palácio do Governo.
Na Praça do Palácio os trabalhadores em educação encontraram os servidores da Polícia Civil, que também estão em greve. Foi realizado um ato de protesto, onde a direção do Sintero denunciou à população o descaso com que o governo do estado vem tratando os servidores públicos.
Os grevistas ficaram ainda mais revoltados ao tomarem conhecimento de notícia veiculada pela imprensa local, informando que o governo encaminhou à Assembleia Legislativa Projeto de Lei aumentando em 300% o valor do CDS, salário pago aos ocupantes de cargos comissionados, sem concurso público.
Os dirigentes do Sintero denunciaram que, ao contrário dos temas que beneficiam os servidores públicos, esse projeto de lei dos CDSs não teve parecer contrário ou qualquer outro tipo de resistência da Procuradoria Geral do Estado.
Também em frente ao Palácio do Governo, os sindicalistas anunciaram que na quinta-feira será realizado um grande ato público unificado, unindo todas as categorias em greve (servidores da Polícia Civil, Agentes Penitenciários, Servidores do Poder Judiciário e Trabalhadores em Educação).
Em seguida a passeata continuou o percurso previamente estabelecido, e seguiu pela Rua Dom Pedro II com destino à sede da Prefeitura de Porto Velho, onde os trabalhadores em educação denunciaram a inércia da administração municipal.
Ontem a categoria ocupou o prédio da prefeitura, mas nem assim o prefeito apresentou nova proposta ou demonstrou boa vontade em negociar o atendimento das reivindicações dos grevistas. A manifestação terminou sem que governo do Estado ou prefeitura se manifestasse sobre as greves.
Fonte: Assessoria