Voltar 30 de Julho de 2021

GREVE SANITÁRIA: Trabalhadores e trabalhadoras em educação deliberam pelo não retorno das aulas presenciais


Os/as trabalhadores e trabalhadoras em educação de Rondônia deliberaram durante as assembleias estaduais promovidas pelo Sintero nos dias 28, 29 e 30 de julho, pelo não retorno das atividades presenciais na Rede Pública de Ensino, que tem data marcada para o dia 09/08. O movimento intitulado como "Greve Sanitária", inicia-se a partir da próxima segunda-feira (02/08).   

A decisão é válida em todas as localidades onde houver convocação da categoria para voltar as atividades presenciais. Entretanto, a categoria defende a continuação da oferta do ensino remoto aos estudantes rondonienses.

A principal reivindicação é para que as aulas presenciais retornem somente a partir do dia 15 de outubro, quando os/as trabalhadores e trabalhadoras em educação estiverem devidamente imunizados com a 2ª dose e/ou dose única das vacinas e com a preservação do prazo para garantir maior eficácia contra o vírus. Espera-se ainda que até a data, Rondônia eleve o índice de pessoas vacinadas, visto que, atualmente o percentual da população que completou o ciclo de imunização é de 13,47%. Destaca-se que a porcentagem é considerada baixa pelos pesquisadores da área da saúde que estimam que cerca de 70% da população deveria estar imunizada para garantir proteção eficaz ao vírus e impedir que o mesmo se dissemine através de transmissão comunitária. A grande preocupação deve ser justificada pelo fato das crianças e adolescentes não estarem incluídos na campanha de vacinação e, portanto, não estarem imunes ao novo coronavírus, podendo contribuir para que haja uma nova onda de contaminação no Estado.     

Reivindica-se também adequações nas estruturas físicas das escolas, com cumprimento dos protocolos de biossegurança, orientados pelas autoridades sanitárias que atuam no combate à Covid- 19 e, que incluem manutenção dos ambientes ventilados, distanciamento social respeitando a distância mínima de 1,5 metros entre as mesas e cadeiras, limpeza constante de móveis e superfícies das escolas, entre outros. A decisão dos/as trabalhadores/as baseia-se também no número insuficiente de técnicos educacionais que garantam a higienização antes e após utilização dos banheiros e bebedouros, conforme orienta o MEC. O Sintero defende que haja fiscalização nas instituições de ensino de todos os municípios, antes do retorno presencial, com manifestação dos órgãos competentes para que atestem se o ambiente educacional tem condições de receber toda a comunidade escolar sem oferecer riscos à saúde. A mesma defesa é feita quanto ao transporte escolar, que deve ser vistoriado pelo Detran até o dia 15 de agosto. O Sintero solicita maior publicidade do Poder Público quanto ao resultado das inspeções, de forma que seja indicado se a frota dispõe dos equipamentos de segurança obrigatórios e sanitários no interior dos veículos.    

Durante as assembleias, os/as trabalhadores/as em educação relataram que há uma alta expectativa e desejo pelo retorno presencial, pois são inúmeros os desafios referentes ao ensino remoto devido à falta de estrutura que nunca foi oferecida pelo Poder Público, sem mencionar os prejuízos financeiros ocasionados pela necessidade de aquisição dos equipamentos tecnológicos e aumento das despesas domésticas como energia elétrica e internet, que continuam sendo custeados unilateralmente pela categoria. No entanto, os profissionais da Educação mantêm sua posição para que o retorno presencial seja efetivado com condições mínimas de segurança, o que implica a completa imunização e respeito aos protocolos sanitários nas escolas.  

Após deliberação aprovada em assembleias, o Sintero protocola a notificação à Secretaria de Estado da Educação, conforme documento abaixo.  E continua orientando aos trabalhadores/as em Educação a não atenderem às convocações para o planejamento do retorno presencial nas instituições pública de ensino, a partir da segunda-feira (02/08).  

“Após enumerarmos todas as nossas reivindicações, os/as trabalhadores/as em educação de todas as Regionais deliberaram em favor da greve sanitária por considerar o momento inoportuno ao efetivo retorno das aulas presenciais. Percebemos durante as assembleias, que nossos companheiros e companheiras estão ansiosos para voltar aos seus postos de trabalho, até porque as condições dadas para atuarmos remotamente foram inexistentes. No entanto, reivindicamos requisitos básicos para preservação da saúde e bem estar a todos os membros da comunidade escolar”, disse Lionilda Simão, presidenta do Sintero. 

VEJA O DOCUMENTO ABAIXO:



3 Comentários

  • João José de Sousa Silva
    31 de Julho de 2021

    Os verdadeiros PARASITAS da nação são aqueles que se elegem nada fazem pela população, roubam as verbas públicas, são beneficiados por mordomias e regalias vitalícias. Chamar professores de vagabundos é demonstrar a total ignorância em que vive. Os professores são depreciados por quem deveria valorizar a excelência desses profissionais. OS VAGABUNDOS DA NAÇÃO SÃO OS que USURPAM VERBAS PÚBLICAS.

  • Edgley Benicio De Brito
    31 de Julho de 2021

    Nada de compensação financeira. E o salário ó.

  • Joselma
    30 de Julho de 2021

    Parabéns!Decisão sábia! Estou longe,mas nunca por fora das decisões. Sempre contribuo c minha opinião, pensando nos colegas Abç

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