A Presidenta do SINTERO, Dioneida Castoldi, recebeu os/as instrutores/da de artes dos Centros de Artes e Culturas de Porto Velho - Jorge Andrade, Laio e Som na Leste - que pontuaram as dificuldades que tem enfrentado neste 2024. Representantes dos mais de 70 instrutores/as em Porto Velho, explicaram que os Centros de Artes não disponibilizam mais vagas para a comunidade em geral nos turnos da manhã e tarde, exceto a noite. Isso porque, houve mudanças que trouxeram exclusividade das vagas para estudantes do Programa de Educação Integral, direcionado às escolas da rede pública municipal de ensino.

Foi detalhado, pelos instrutores que, embora o Programa de Educação Integral tenha um papel essencial na vida escolar das crianças, existem recursos destinados para a contratação de monitores/as de artes diretamente nas escolas. Com isso, a utilização dos Centros de Artes como uma extensão das escolas municipais pode comprometer a qualidade dos cursos oferecidos. 

“O SINTERO e a Regional Norte podem nos ajudar nessa luta, pois sabemos a representatividade que o sindicato tem para nós. Queremos alertar que, com essa mudança, Porto Velho corre o risco de não formar novos profissionais nas áreas de música, teatro e dança nos próximos anos”, explicou uma das instrutoras durante a reunião.

Outra preocupação levantada durante o encontro foi sobre a qualidade do ensino nos Centros de Artes, pois, de acordo com os/as instrutores/as, o ensino técnico e especializado, característico dos Centros de Artes, será substituído por uma “vivência artística mais superficial, afetando diretamente a formação dos alunos”.

Em busca do cumprimento dos direitos conquistados

 Historicamente, a população de Porto Velho sempre teve acesso garantido aos Centros de Artes. No entanto, a nova gestão criou barreiras que limitam esse acesso. A classe dos instrutores, com o apoio do SINTERO - Regional Norte, está mobilizada para reivindicar os direitos da comunidade e garantir que pré-adolescentes e adolescentes, especialmente os mais vulneráveis, continuem a ter acesso à cultura.

"Os/as instrutores/as de artes estão buscando e reivindicando pelos direitos deles/delas e também da comunidade em geral. Pois queremos garantir que nossos jovens, especialmente os mais vulneráveis, continuem a ter acesso à cultura, que é essencial para o desenvolvimento social e cultural. Nós, do SINTERO, damos o nosso total apoio e também pedimos à população que conheça mais dessa luta e nos ajude em busca pela manutenção dos cursos de artes nos Centros de Artes. Juntos, podemos assegurar que esses espaços continuem sendo referência para a formação artística em nossa cidade”, fala a Presidenta do SINTERO, Dioneida Castoldi.