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NOTA DE PESAR: Morre professora vítima de feminicídio


Na manhã deste domingo (17/03) a professora Joselina Félix da Silva, 47 anos, foi assassina pelo ex-marido, Ueliton Aparecido Silva, 35 anos, com várias pauladas na cabeça. O criminoso também agrediu o ex-sogro Francisco Félix da Silva de 74 anos.

De acordo com informações da Política, Ueliton já teria agredido e ameaçado a ex-esposa um dia antes na Avenida Amazonas, bairro Tiradentes. Porém, mesmo após ser preso por lesão corporal, o acusado foi solto pelo delegado responsável pelo caso.

Após esse episódio, a professora buscou ajuda na casa do pai, em Candeias do Jamari. Entretanto, o criminoso seguiu até o local e efetuou o crime.

A professora morreu com várias pauladas na cabeça.

O pai da vítima ainda tentou evitar que sua filha fosse morta, porém Ueliton também agrediu o idoso com pauladas. O ex-sogro foi hospitalizado em estado grave no hospital João Paulo II.

Ueliton foi preso pela Polícia Militar e apresentado na Central de Flagrantes.

Joselita trabalhou na Faculdade Fimca, e era funcionária pública.

Feminicídio

Observa-se que a professora Joselina Félix da Silva acaba de entrar para o índice de mulheres mortas pelo feminicídio.

De acordo com levantamento feito pelo site G1, considerando os dados oficiais dos estados relativos a 2017, doze mulheres são assassinadas, em média, todos os dias no Brasil. Esse percentual representa um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior.

Isso significa que mesmo após a Lei nº 13.104, de 9 de março de 2015, ser sancionada e estabelecer penalidades mais graves aos crimes de feminicídio, ou seja, ao assassinato de mulheres e meninas em função a discriminação à condição feminina, os dados ainda são alarmantes.

Nota de Pesar do Sintero

A família Sintero comunica, com pesar, o falecimento da professora Joselita Félix da Silva, na manhã deste domingo (17/03) vítima de feminicídio.

Infelizmente a professora acaba de fazer parte da grande estatística de feminicídio do Brasil, após ser morta a pauladas pelo ex-companheiro.

O assassinado já havia agredido e ameaçado a vítima no dia anterior, porém nada foi feito para interromper essa tragédia anunciada.  

Isso significa que mesmo após a Lei Maria da Penha (11.340), de 7 de agosto de 2006, e estabelecer a criação de mecanismo para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, os efeitos esperados não estão sendo apresentados.

Diante disso, espera-se que a Lei do Feminicídio (13.104) seja colocada em prática, e que as penalidades para esse tipo de crime façam valer o que estabelece a legislação.

Nesse momento difícil para todos nós, rogamos a Deus para que conforte nossos corações para suportarmos irreparável perda, principalmente aos familiares de nossa colega de trabalho.

O Sintero reafirma que continuará a lutar pela paz e igualdade de direitos para as mulheres, e repudia veementemente e combate toda e qualquer forma de violência.

Além disso, o sindicato comunica que irá organizar um ato público contra a violência. Mais informações serão divulgadas em breve.


7 Comentários

  • Dulce Cavalcante
    19 de Março de 2019

    Precisamos exigir políticas públicas nas escolas e assim mudar essa situação de covardia contra as mulheres.Penso que a prevenção e o melhor caminho, daí, a escola e o caminho.

  • Conceição Cintra
    18 de Março de 2019

    Nesta caso houve negligência do poder público, o delegado soltou o agressor. Cabe processar o Estado. Leva muito tempo, mas é necessário precionar o Estado para dar o atendimento e proteção necessárias a vítima.

  • JULIANA
    18 de Março de 2019

    Sim continua aumentando, descaso das autoridades, para conaeguir fazer uma ocorrencia as mulheres sao humilhadas por policiais e delegados, deveria ser colocado mulheres na delegacia de mulher, é um pouco caso tao grande deixa pessoas horas esperando para fazer boletim, mandaram uma amiga voltar mais tarde, e ficaram humilhando, tem certeza, não querendo fazer. Demorou mais de dois dias p consegui

  • Cecília Dolzan
    18 de Março de 2019

    A polícia e o ministério público tem que ter mais cuidado, o sujeito é preciso por lesões corporais tentativa de assassinato não pode soltar no mesmo dia, veja soltaram ele foi e matou, houve negligência por parte das autoridades!

  • Joana D'Arc Valente Santana
    18 de Março de 2019

    Na minha opinião personalíssima: 1 - Feminicídio é o mesmo que a Lei de Talião contra Mulheres! 2 - Tá passando da hora de implantar-nossa no Brasil a Pena de Morte! 3 - Execução Sumária para quem Matar morrer!!

  • José Ivã
    17 de Março de 2019

    A Educação perde uma grande profissional. Uma guerreira competente, leal, educada, meiga e muito amada. Deus a receba com um grande abraço. Ainda nem estou acreditando que isto aconteceu.É difícil processar essas coisas. A dor se estenderá por muito tempo. A cicatriz é perene.

  • Rosângela Maria Pires
    17 de Março de 2019

    A cada feminicídio uma tristeza, uma angústia toma conta de nossa alma! Muita coragem e luta para nós, mulheres, continuarmos na lida para as mudanças necessárias em nossa sociedade, para que ela seja justa, solidária e alegre. #ProfessoraJoselitaPresente

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