O Sintero vem a público manifestar repúdio diante da declaração feita pela funkeira MC Pipokinha em uma live nas redes sociais, onde ela zomba dos salários dos professores e professoras. Além disso, fez comentários desrespeitosos à classe dos profissionais da Educação.

O caso ocorreu após uma fã da cantora dizer que discutiu com sua professora por causa da funkeira. Em seguida, a MC despejou uma série de ofensas aos trabalhadores/as em educação: “Tadinha dela, já é professora. Tem que amar muito a profissão, por que ouvir desaforo do filho dos outros? Tem que ter nada pra fazer em casa mesmo”.

Na sequência, a artista falou sobre o salário dos professores no Brasil. “Meu baile tá R$ 70 mil, 30 minutinhos em cima do palco, eu ganho R$70 mil. Ela não ganha nem R$ 5 mil sendo professora, às vezes. Tem que estudar muito, não discute com ela”, completou.

Apesar de toda a polêmica envolvendo a funkeira, a cantora ainda tem shows marcados em Rondônia no mês de abril e julho. Porém, os organizadores dos eventos ainda não se pronunciaram sobre as declarações da cantora. É importante ressaltar que em outras localidades do país as apresentações da cantora foram canceladas. 

O Sintero caracteriza as declarações como absurdas e incabíveis, visto que insultam uma das classes mais importantes para o desenvolvimento da sociedade. De fato, a remuneração da categoria está longe de ser ideal e continua sendo pauta permanente na luta pela valorização dos trabalhadores e trabalhadoras em educação. Entretanto, é inadmissível que a artista insulte a classe trabalhadora que a proporcionou estar hoje nos palcos, expressando sua “arte”. Afinal, é necessário ser alfabetizada para escrever, ler e interpretar suas canções.

Desta forma, ressaltamos que a escola é um lugar de aprendizado, socialização e que contribui para o desenvolvimento de todos os cidadãos e cidadãs. Sendo assim, não iremos tolerar ataques que descaracterizam o papel de nossos docentes e, tampouco, proporcione tamanho constrangimento. Mais uma vez, o Sintero reforça seu repúdio e reforça seu posicionamento enquanto defensor na luta por valorização, respeito e melhor remuneração aos trabalhadores e trabalhadoras em educação.