O Sintero - Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia vem a público expressar repúdio diante da tentativa de criminalização de atuantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) por alguns fatos ocorridos nos dias 23 e 24 de maio de 2007, na UHE Tucurui – localizada no Pará, durante protestos com participação de outros movimentos sociais. Através de uma ação judicial, que terá julgamento nesta segunda-feira (09/12), o Ministério Público Federal e a Justiça de 1ª instância caracterizaram o MAB como uma organização criminosa, e argumentam que o movimento deve responder por crimes de “bando ou quadrilha”, ou seja, criminalizando o movimento social.

Ocorre que o conflito socioambiental gerado pela construção da barragem de Tucuruí possui um passivo social nunca indenizado. A construção da Usina Hidrelétrica descolocou cerca de 32 mil pessoas de suas moradias. Por isso, o MAB trabalha para garantir os direitos desses cidadãos e para que ao menos parte dos prejuízos causados sejam reparados pelos responsáveis.

Diante disso, o Sintero destaca que a atuação dos companheiros do MAB jamais pode ser considerada como criminosa, uma vez que esse é um movimento de uma suma importância para a manutenção e defesa das políticas agrárias em benefício dos trabalhadores atingidos por barragens, agricultores familiares, dos povos e comunidades tradicionais em combate ao latifúndio e de qualquer forma de agressão ambiental.

Confiantes na Justiça e no avanço democrático do Brasil, o Sintero ficará atento aos desdobramentos deste caso, no qual deve prevalecer a Justiça.