O ambiente escolar é o melhor lugar para pôr fim à homofobia. É o que diz o estudo “Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil”, da Fundação Perseu Abramo. Os resultados da pesquisa mostram que, enquanto metade dos
brasileiros que nunca frequentou a escola assume comportamentos homofóbicos, apenas um em cada dez brasileiros que cursaram o ensino superior apresenta o mesmo comportamento.
Abordar na escola os múltiplos tipos de família, como: nucleares, monoparentais, reconstituídas, com filhos biológicos ou adotivos e famílias homossexuais é uma das formas de se combater preconceitos, formando uma sociedade mais plural e democrática.
Saiba mais sobre o estudo da Perseu Abramo:
http://novo.fpabramo.org.br/sites/default/files/pesquisa-lgbt.pdf
O Plano Nacional de Educação excluiu astemáticas específicas quanto à igualdade de gênero e muitos planos municipais seguiram a mesma tendência. No entanto o debate continua vivo: não é porque não está nos planos que ele precisa ser interrompido. O Brasil tem uma base legal que prevê educação sobre relações de gênero no currículo escolar. Debater esse tema é um direito da escola democrática que queremos. Nesse sentido, os professores também não podem se intimidar com projetos como o PL 1411/2015 – apelidado de “Escola sem partido” que prevê como crime o “assé-dio ideológico” (sic).
Cabe aos educadores pressionar os parlamentares de seus estados para impedir a aprovação de leis com esse teor retrógrado, que elimina a concepção paulofreiriana de transmissão do conhecimento. Ele representa uma violação ao direito das crianças e jovens de terem acesso a uma educação democrática como ocorre em países que optaram por regimes republicanos.
A CNTE, ao lado de inúmeras organizações sociais comprometidas com a qualidade social da educação, entende que a Escola é um espaço privilegiado para promover a cultura de paz e para formar pessoas comprometidas não apenas com o sucesso pessoal, mas com a cidadania e o respeito às diferenças. O debate sobre gênero nas escolas deve continuar porque é do interesse dos estudantes, é democrático e fundamental para a construção de uma sociedade sem preconceitos.
Material:
http://cnte.org.br/images/stories/2016/jornal_mural_abril_2016.pdf
Fonte: Assessoria