Após 13 dias de paralisação os trabalhadores em educação municipais de Porto Velho decidiram suspender a greve iniciada dia 15/03. A categoria luta pela manutenção do quinquênio, pelo atendimento da pauta de reivindicações de 2017, contra a reforma da previdência e contra a terceirização.

Uma das condições para a suspensão da greve foi a definição de uma agenda de reuniões com a prefeitura.

Nesta segunda-feira, dia 03/04, será realizada uma reunião com a prefeitura para análise do relatório de impacto no quinquênio na folha de pagamento. Um dos argumentos do prefeito Hildon Chaves para retirar o direito dos servidores foi de que o quinquênio causaria impacto de R$ 100 milhões, o que se verificou posteriormente, não corresponde à realidade.

O Sintero vai demonstrar que o inchaço da folha de pagamento não é causado pelo quinquênio, e que os servidores municipais não abrem mão desse direito conquistado há mais de 15 anos.

Sobre o quinquênio retroativo, embora o prefeito Hildon Chaves tivesse prometido pagar aos servidores a parte incontroversa, depositada em Juízo, a Procuradoria Geral do Município (PGM) recorreu da decisão da Juíza da 1ª Vara da Fazenda Pública de Porto Velho, Inês Moreira da Costa, que definiu os procedimentos para pagamento.

O Sintero solicitou uma audiência com a Juíza para requerer a liberação do valor depositado em Juízo, no total de R$ 12 milhões, para que seja imediatamente pago aos servidores conforme a sentença, e que seja dado continuidade na discussão apenas em relação aos valores não depositados em Juízo, que a prefeitura ainda deve aos servidores.

Já no dia 08/05 será realizada uma audiência com a prefeitura para tratar da pauta de reivindicações de 2017 dos trabalhadores em educação municipais.
E no dia 15/05 está agendada uma reunião diretamente com o prefeito Hildon Chaves para concluir as negociações acerca da pauta de reivindicações.

O presidente do Sintero, Manoel Rodrigues da Silva, agradeceu aos trabalhadores em educação que reformaram a mobilização em defesa dos direitos e dos interesses da categoria.

“Estão de parabéns os nossos trabalhadores, que unidos, atenderam à convocação do Sintero, e participaram da paralisação. Só assim conseguiremos manter os nossos direitos e obter novas conquistas”, disse Manoel.