A diretoria da Regional Café, do Sintero, ocupou espaço na tribuna da Câmara Municipal de Cacoal, na sessão de segunda-feira (03/06), para falar à população sobre a greve dos trabalhadores em educação.
O diretor do Sintero, professor Otoniel Braz Odorico, destacou a importância do profissional da Educação na formação de todos os demais profissionais, falou sobre a quantidade de jovens que ingressam nas Universidades e no mercado de trabalho a partir dos conhecimentos adquiridos na escola, e que mesmo assim o governador e a secretária de Estado da Educação não valorizam esses profissionais.
“A população, especialmente os trabalhadores em educação se sentem traídos pelo governador, que em sua campanha eleitoral prometeu valorizar a educação”, disse, ao destacar o “pacto pela educação”, assinado pelo então candidato a governador Confúcio Moura.
Ele rebateu a campanha publicitária oficial em que o governo informa ter concedido reajuste de até 95% para as categorias. “É uma campanha mentirosa, pois, na verdade, a categoria da educação ainda soma perdas de mais de 26%”.
O professor lembrou, ainda, que o Plano de Carreira, aprovado há quase um ano, ainda não foi implantado na íntegra pelo governo, e que esse é o principal descontentamento da categoria. “A Procuradoria Geral do Estado (PGE) em conivência com a secretária de Educação e o governador Confúcio Moura desrespeita a Lei 680/2012 (Lei do Plano de Carreira), e menospreza toda uma categoria que aguarda há anos por justiça e reconhecimento de seus serviços prestados a este Estado”, disse.
Outro ponto destacado pelo professor é o descaso com que a Seduc, a PGE e a Sead tratam o funcionalismo público estadual. Segundo sustentou o professor Otoniel, tem profissional aguardando há mais de dois anos por uma resposta de processos de Pós-graduação e gratificação de sala de aula, e sequer são atendidos.
Ele frisou que o piso nacional do Magistério foi corrigido em 7,93% e que o salário mínimo foi reajustado em 9%. Enquanto isso o governador se recusa a apresentar um índice mínimo de reajuste para a categoria. “O governo alega não ter recursos, mas anunciou um pacote de obras bilionário nos últimos dias, fez remanejamento nos cargos comissionados dos CDS, beneficiando alguns deles com até 300%, sem falar nos contratos com empresa de segurança privada, que foram triplicados nesses últimos dois anos”.
A educação, segundo ele, tem recursos próprios e dentro desses recursos há condições de atender às reivindicações da categoria.
Ao finalizar a sua participação, o professor alertou à população que o governador e a secretária de Educação são os responsáveis pelo possível comprometimento do ano letivo de 2013.
“A categoria está decidida a continuar de braços cruzados enquanto não for atendida. Por isso precisa manter o apoio de toda a sociedade”, disse.
Durante toda semana os trabalhadores em educação mantiveram firme o movimento em Cacoal, com mais de 95% das escolas paralisadas.
No decorrer da semana os vereadores Professor Valter Pires, Maria Simões e Rafael estiveram nas assembleias do Sintero e declararam apoio à luta da categoria. Eles são signatários de um ofício encaminhado ao governador Confúcio Moura e à secretária de Estado de Educação Izabel Luz, cobrando providências e reforçando o pedido para que as reivindicações da educação sejam atendidas.
Fonte: Assessoria