A Regional Cone Sul sediou sexta-feira, dia 21 de março, o 3º Seminário de Gênero e Etnia, tendo como tema “Perspectiva de Gênero, Raça e Etnia nas Políticas Educacionais, Construindo Novos Paradigmas e Humanização”.

O evento teve palestras, debates, exibição de vídeo e mesa redonda sobre temas como igualdade, racismo, violência e políticas públicas para os setores de gênero e etnia.

Pela manhã foram proferidas duas palestras pelo professor doutorando da Unir, Claudemir da Silva Paula, sendo a primeira sobre igualdade como ideal do ser humanos na lógica colonial, e a segunda sobre racismo. Ainda pela manhã os participantes assistiram ao vídeo com o título “Vista minha pele”.

À tarde foram realizadas várias mesas redondas. A secretária de Assistência Social de Vilhena, Lizângela Rover, falou sobre as políticas públicas voltadas para a mulher no município de Vilhena. A advogada do Centro de Atendimento da Mulher, Fabrícia Da LaMarta, falou sobre a Lei Maria da Penha e a proteção dos Direitos Humanos. A psicóloga do Centro de Atendimento à Mulher, Edna Mônica Wolbeto, falou sobre a psicopatologia na repetição da violência doméstica. A psicóloga do serviço de enfrentamento à violência e à exploração sexual de crianças e adolescentes, Letícia Santi, coordenou um debate sobre o adoecimento de crianças como consequência da violência doméstica. Já a assistente social Patrícia Aparecida da Glória debateu sobre o adoecer em interface com o social.

Durante o seminário foram apresentadas algumas estatísticas do IBGE que revelam uma mudança significativa da participação da mulher na vida das famílias.

O percentual de famílias chefiadas por mulheres no país passou de 22,2% para 37,3%, entre 2000 e 2010. Segundo o IBGE, esse aumento se deve a uma "mudança de valores relativos ao papel da mulher na sociedade e a fatores como o ingresso maciço no mercado de trabalho e o aumento da escolaridade em nível superior, combinados com a redução da fecundidade".

A pesquisa mostrou que o Brasil ganhou 20 posições em um ranking global sobre desigualdade de gêneros em decorrência dos avanços obtidos na educação para mulheres e no aumento da participação feminina em cargos políticos.

A violência contra mulheres no Brasil, segundo as estatísticas, causou aos cofres públicos, em 2011, um gasto de R$ 5,3 milhões somente com internações. O dado foi calculado pelo Ministério da Saúde. Foram 5.496 mulheres internadas no Sistema Único de Saúde (SUS), no ano passado, em decorrência de agressões.

O seminário foi realizado através de uma parceria entre a Regional Cone Sul e a Secretaria de Gênero e Etnia, da Diretoria Executiva do Sintero, e foi coordenado pela diretora da Regional Cone Sul, Francisca Diniz de Melo Martins, e pela Secretária de Gênero e Etnia, Abilene Sales Borges. Participaram, ainda, do evento, os diretores executivos do Sintero João Assis (Secretaria de Funcionários de Escola), Valdir Martins (Secretaria de Aposentados), José Augusto Neto (Secretaria de Imprensa e Divulgação), além dos diretores regionais Luiz Alberto Paulek e Sandra Valéria de Souza (Cone Sul) e Jussara Viveiros (Café).