Voltar 11 de Março de 2015

Rondônia tem representantes no 1º Encontro Nacional de Educadores Indígenas da CNTE


As diretoras do Sintero Rosenilda Ferreira de Souza Silva  (Secretária de Gênero e Etnia) e Claudir Mata (Secretária de Assuntos Educacionais e Diretora Executiva da CNTE) ea professora Indigena Aline Rodrigues da escola Escola indigena de ensino fundamental e médio KYOWA do municipio de Porto Velho, representaram os trabalhadores em educação de Rondônia no 1º Encontro Nacional de Educadores Indígenas da CNTE, que aconteceu nos dias 09 e 10 deste mês, em São Paulo.
O evento recebeu 35 representantes de 14 estados e 9 etnias. O objetivo, segundo a CNTE, é organizar a luta dos trabalhadores indígenas em todo o país. “Afinal, a luta é unificada, de condições de trabalho, de valorização, de estrutura para oferecer uma escola de qualidade", explica Claudir da Mata, secretaria executiva.
A primeira mesa abordou a organização e a gestão da educação escolar indígena. O professor Terena de MS, Wanderley Dias analisou o histórico da luta indígena e os reflexos na educação: "Não há politicas públicas efetivas. Quando a política indígena vai pros municípios e estados, as forcas políticas locais fazem a interferência direta nas escolas. Quanto mais fica na mão do governo federal mais temos chance de dar visibilidade à questão e fugir do poder regional". Ele reforça que a escola serve para fortalecer a luta do cidadão indígena: "é com educação que podemos atender povos e sociedades que também querem acessar as tecnologias não indígenas e ter acesso aos mesmos direitos".

O antropólogo e professor da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Marcos Braga, falou sobre os desafios dos educadores indígenas e sobre a necessidade de fortalecer o processo de formação dos trabalhadores com o apoio da CNTE: "o currículo diferenciado ainda esta em construção, como o saberes indígenas fazem parte desse processo na escola? Tem que se pensar na questão do currículo, mas as secretarias estaduais impõem a prática disciplinar e isso dificulta o respeito ao direito à diferença. Para que isso aconteça, a CNTE é uma articuladora, que pode fomentar esse debate para que a discussão se materialize em políticas públicas, mobilizando o Brasil para essa implementação".
Para a secretaria geral da CNTE, Marta Vanelli, a meta agora é um sistema nacional que atenda também a educação indígena: "acredito que o é preciso pensar é num recorte da educação indígena dentro do sistema nacional, pois a educação indígena é também educação nacional. E ainda: é preciso levar a questão da educação escolar indígena como um dos eixos de debate na próxima Conae".
O evento terminou ontem, dia 10, com a troca de experiências entre os participantes e a construção de estratégias para um coletivo de educadores indígenas da CNTE. Nos dias 11 a 13 a IEAL realiza um encontro com representantes da América Latina, Canadá e Noruega, também em São Paulo.

Fonte: Assessoria


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