Os educadores municipais decidiram permanecer greve por tempo indeterminado em Porto Velho, em assembleia realizada na sexta-feira. De acordo com o Sindicato dos Servidores de Educação de Rondônia (Sintero), após o fim da paralisação nacional de três dias, ocorrida na última semana, foi realizada uma reunião e como as reivindicações, entregues à prefeitura da Capital ainda em dezembro de 2015, não tinham sido atendidas, a categoria decidiu estender o movimento grevista. Nesta segunda-feira (21), houve uma conversa entre representantes do Sintero e a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e ficou agendada uma reunião com o prefeito Mauro Nazif (PSB) para a próxima quarta-feira, dia 23.
Entre as reivindicações dos educadores, está reposição de perdas salariais de cerca de 25%, além de melhor estruturação das escolas garantindo melhores condições de trabalho. De acordo com Manoel Rodrigues da Silva, presidente do Sintero, a categoria não teve reajuste no ano passado e, por isso, pleiteia a reposição das perdas. O Sintero diz que em 2015, a categoria teve direito a uma gratificação de R$ 80 e já ficou acordado que seria incorporada ao salário neste ano. “Nós só estamos pedindo aquilo que estamos perdendo ao longo dos anos. É uma defasagem salarial muito grande. Estamos abertos a negociação. Já tínhamos solicitado uma reunião, e hoje ficou acertada que ela vai ocorrer na próxima quarta”, afirma o presidente do Sintero.
De acordo com o sindicato, cerca de 80% dos educadores aderiram a paralisação. Nesta segunda, pela manhã, o grupo seguiu em passeata da sede do Sintero até a sede da prefeitura, onde os trabalhadores ficaram acampados.
Em nota, a prefeitura de Porto Velho disse que o momento é “adequado a proteger e preservar as conquistas”, por conta da crise econômica pela qual o país passa. E por conta disso, os repasses do governo federal tem sido menores, além da arrecadação não ter alcançado “aumento substancial”
A prefeitura alega que nos últimos três anos, os professores recém-empossados tiveram reajuste em torno de 30%. Profissionais com mais tempo de serviço, receberam aumentos salariais que ultrapassaram a média de 50%. “Hoje temos o melhor salário entre todos os municípios de Rondônia, maior até mesmo que o do Governo do Estado de Rondônia.”, diz trecho na nota. A prefeitura ainda lamenta e se diz estranha a postura do Sintero em convocar a greve e diz que o diálogo está aberto.
Fonte: Assessoria