A administração do governador Confúcio Moura (MDB) demonstrou nesta terça-feira, 13/03, que não possui compromisso com a educação, ao tratar com descaso os representantes da categoria.
A audiência da Diretoria do Sintero com os integrantes da MENP – Mesa de Negociação Permanente passou de expectativa a decepção e indignação em menos de 20 minutos.
Ontem, segunda-feira (12/03) o secretário Chefe da Casa Civil, Emerson Castro, enviou ofício ao Sintero convidando para audiência nesta terça-feira às 11 horas e informando que anunciaria uma proposta para atender às reivindicações dos trabalhadores em educação, em greve desde o dia 21/02.
A falta de respeito começou com o “chá de banco”. Depois de uma hora de espera, Emerson Castro, acompanhado dos secretários George Braga (Sepog), Vagner Garcia de Freitas (Sefin), Florisvaldo Alves da Silva (seduc) e de alguns assessores, apenas reiterou a falta de proposta que já havia demonstrado em todas as reuniões anteriores.
Depois de dizer que os professores têm que “trabalhar por amor à vocação”, ele apenas disse que o governo pretende continuar pagando a licença-prêmio em pecúnia a conta-gotas (obrigação prevista em lei e objeto de reivindicações de anos anteriores), que continuaria pagando as progressões funcionais (direito previsto em lei e objeto de mobilizações de anos anteriores), e que o estado estaria disposto a pagar complemento do piso nacional (em desobediência à Lei federal nº 11.738/2008), ou seja, não teria nada a oferecer aos trabalhadores em educação.
A resposta do governo durou em torno de 20 minutos, o suficiente para causar revolta e indignação à presidente do Sintero, Lionilda Simão, aos demais diretores da Executiva e aos diretores das Regionais que participaram da reunião.
A presidente do Sintero imediatamente respondeu ao secretário Emerson Castro que não considerava aquilo uma proposta, e sim uma afronta, um desrespeito. “Esse governo está zombando da nossa cara. Vou receber esse pedaço de papel apenas para mostrar aos trabalhadores em educação o quanto a administração do governador Confúcio Moura nos trata com descaso. Mas não considero isso uma proposta”, disse em tom de indignação.
A professora Léo e outros diretores do Sintero destacaram na reunião que desde o início das negociações o sindicato vem apontando alternativas e soluções para a alegada falta de recursos.
“Nós já mostramos que há em torno de mil servidores aguardando a aposentadoria e implorando por atendimento de seus pedidos. Isso daria uma boa folga na folha de pagamento. E no início do mandato o próprio governador Confúcio prometeu que investiria na melhoria salarial da educação os valores economizados com a transposição. Agora estamos vendo que foi mais uma promessa vazia”, disparou a presidente do Sintero.
Sem contar que o governo não tem cumprido a lei federal do piso do magistério desde 2014, e isso já é objeto de ação judicial, visto que os tribunais superiores têm reconhecido a obrigatoriedade do cumprimento da lei.
Ela e os demais diretores do Sintero não aceitaram os argumentos do secretário e o enfrentaram com informações consistentes, demonstrando a falta de vontade política do governo do estado em atender às reivindicações.
Nesta quarta-feira, dia 14/03, haverá uma audiência na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, evento para o qual os secretários integrantes da MENP foram convocados.
Os diretores do Sintero vão pedir aos deputados estaduais para que apoiem a luta dos trabalhadores em educação cobrando do governador uma solução, já que os secretários da MENP demonstraram não ter interesse na situação.
Já na quinta-feira, dia 15/03, os trabalhadores em educação se reunirão em assembleias, às 9 horas da manhã, simultaneamente em todas as Regionais, para avaliar a postura do governo e deliberar sobre estratégias de luta.
Continuemos firme na greve em busca de melhores condições de salário...
Vai ver que os mesmos nunca estudaram pois para ser políticos não precisa estudar, póde ser totalmente analfabetos que o povo vota para ser o representante dos mesmos.Depois é só chorar e lamentar.
Estes secretário so serve p babar ovo do governo
Companheiros grevista e não grevista, precisamos nos unir contra este governo impostor e descompromissado com a educação. Vamos massificar a luta. A direção do SINTERO está de parabéns, pois não tem medido esforços na luta pela valorização dos trabalhadores em educação.
Não entendo porque não já judializou
É simplesmente imoral a forma como esse governo trata os trabalhadores da educação. Bem diferente do tratamento dado a grandes empresários e ruralistas. Querem melhorar a educação sombando da cara dos educadores?