O Sintero e o Sinprof continuam recebendo inúmeras denúncias de professores que estão sendo expostos à contaminação do Covid-19. Desta vez, elas foram feitas pelos professores que atuam na zona urbana e rural do Município de Porto Velho.
Conforme os relatos, os docentes estão sendo obrigados a se deslocarem até as escolas para fazerem entregas dos materiais pedagógicos aos pais e responsáveis de estudantes, que não têm acesso aos aplicativos ou plataformas on-line. Em algumas situações, os professores acabam fazendo as impressões desses materiais em suas casas utilizando os seus próprios recursos, devido as escolas não disponibilizarem papel e equipamento necessário para tal ação.
Os profissionais da Educação também estão sendo convocados para elaborar o planejamento de aulas no ambiente escolar, provocando aglomerações de pessoas, ação que é totalmente contrária às medidas de distanciamento social, contidas no Decreto nº 24.887/2020, que determina Estado de Calamidade Pública em Rondônia.
Os professores que atuam na zona rural também estão sofrendo com perigo de contaminação do vírus, ao terem que se deslocar até as residências dos estudantes nos distritos e linhas, utilizando seus carros particulares e combustíveis, sem o mínimo de proteção e sem portarem os equipamentos de proteção individual (EPI), conforme recomenda os órgãos sanitários.
O Sintero e o Sinprof manifestam, novamente, preocupação em razão de determinações que fogem das responsabilidades destes profissionais e os expõem à contaminação do Covid-19. Como representantes da categoria, os sindicatos exigem que ações mínimas de proteção sejam tomadas desde já, como a distribuição de máscaras, protetores de face e luvas.
Além disso, é urgente e necessário um posicionamento e esclarecimento da Prefeitura de Porto Velho quanto as denúncias de falta de insumos das Instituições de Ensino, visto que os materiais escolares não foram utilizados devido a paralisação do calendário escolar durante a pandemia. Por isso, não é justificável a ausência ou falta de recurso para aquisição deles.
Os sindicatos informam que encaminharão um ofício à Secretaria Municipal de Educação solicitando respostas de tais questões e pedindo intervenção de práticas que elevam o risco de contaminação dos profissionais da Educação.
Que absurdo!