O Sintero, representado pela presidente Lionilda Simão, participou de audiência pública virtual nesta terça-feira (27/10), organizada pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), que tratou sobre as ações que estão sendo realizadas para que o possível retorno das aulas presenciais aconteça. A atividade contou com a participação de órgãos de controle e fiscalizadores, além de representantes sindicais e da comunidade escolar em geral.
Diversos discursos foram feitos, sendo que alguns manifestavam posicionamento favorável ao retorno das aulas presenciais, utilizando o argumento de que as atividades econômicas voltaram a funcionar. Também mencionaram o momentâneo controle da propagação do vírus e de óbitos no Estado de Rondônia. Destaca-se que o último boletim divulgado pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) indicou que nas últimas 24 horas foram contabilizados 139 casos confirmados e 6 óbitos em razão da Covid-19.
Lionilda Simão iniciou seu pronunciamento parabenizando a iniciativa da Seduc e destacando que o Sintero foi uma das entidades que propôs, através de ofícios, a realização da audiência. A presidente comentou sobre a falta de assistência e treinamento dos docentes em atuar no ambiente virtual e das dificuldades de acesso por parte dos estudantes. Apesar disso, ela destacou que, em nenhum momento, houve resistência por parte da categoria em atuar com as novas ferramentas, visto que os profissionais possuem conhecimento de suas responsabilidades.
A presidente do Sintero comentou sobre os impactos sociais, financeiros e psicológicos, ocasionados em razão do momento de pandemia e destacou que os trabalhadores em educação continuam custeando os seus materiais eletrônicos e despesas domésticas, sem contrapartida da Administração Pública. Por outro lado, benefícios como auxílio transporte foram suspensos.
Como representante dos trabalhadores em educação, o Sintero posicionou-se contrário ao retorno das atividades presenciais, por entender que a ação pode gerar uma contaminação em massa. Lionilda relembrou a atitude precipitada de Manaus que em apenas 15 dias de volta às aulas, 342 professores da Rede Pública testaram positivo para o novo coronavírus. Ela classificou a situação como perigosa, caótica e preocupante. Também questionou se regras sanitárias rígidas serão postas em prática em todas as escolas do Estado, caso o Governo opte pelo retorno. A presidente do Sintero finalizou dizendo que ano letivo se recupera, vidas não.
Durante a audiência foi disponibilizado um formulário para que os participantes respondessem se concordam ou não com o retorno das atividades presenciais. De acordo com o secretário de Estado da Educação, Suamy Vivecananda, será feito um relatório baseado na pesquisa, com o quantitativo de pessoas que respondem. Espera-se que as opiniões tenham influência nas decisões tomadas a partir de então. O Sintero continuará acompanhando a situação e fazendo intervenção sempre que necessário.
Atencao técnicos educacionais, vamos todos entrar de greve na época da matricula escolar, quero ver se n seremos valorizados.