Os trabalhadores em educação da rede municipal de Alto Paraiso divulgaram carta aberta para pedir o apoio e a solidariedade da Sociedade para a intensificação da luta da categoria por melhorias no ensino público.
A educação municipal de Alto Paraiso passa por sérias dificuldades devido à falta de compromisso da administração municipal com os servidores, pois direitos da categoria vêm sendo violados pela Prefeitura.
Segundo os servidores, durante um período de dois anos foram registradas inúmeras tentativas de negociações com o Executivo municipal. Entretanto, as reivindicações não foram atendidas.
Diante dessa situação, a última alternativa da categoria foi entrar em greve. O prefeito de Alto Paraíso encaminhou à Câmara Municipal o Projeto de Lei nº 1.732/2015 para promover a adequação salarial de acordo a exigência da lei do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério (Lei federal nº 11.738/2008).
Os trabalhadores em educação fizeram uma mobilização pela aprovação do projeto, mas os vereadores se recusaram a votar o texto sob alegação de que o impacto na folha de pagamento iria violar o Decreto de Reponsabilidade fiscal (Decreto nº 101/2000).
Após a pressão do movimento dos trabalhadores em educação, houve consenso entre oito vereadores que decidiram votar o projeto. Mas, para surpresa de todos, em uma ação de última hora, o prefeito Marcos Aparecido Leghi decidiu retirar o Projeto de Lei da Câmara Municipal.
O presidente Casa, vereador Paulo Cesar Bergantini, contribuiu para essa decepção, atrasando o início da sessão com objetivo de esperar a chegada do requerimento do prefeito pedindo a retirada do projeto.
O prefeito convocou os diretores de escolas e o comando de greve para uma reunião na Prefeitura nesta quarta-feira, dia 01/07, às 9 horas da manhã.
Todo o movimento tem o apoio e a participação da diretoria da Regional Estanho e da Diretoria Executiva do Sintero. Nesta semana a mobilização contou com a participação do Secretário de Imprensa e Divulgação, José Augusto Neto, da Secretária de Assuntos Municipais, Dioneida Castoldi, e da diretora da Regional Estanho, representante dos municipais, Rosimere Luciene Ferreira.
Os trabalhadores em educação municipais de Alto Paraíso reivindicam:
- Fixação de valor inicial equivalente ao salário mínimo aos técnicos educacionais (a categoria recebe complementação salarial);
- Garantia de pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional aos professores de nível médio do Magistério;
- Garantia da diferença de 5% aos professores graduados;
- Transporte seguro para os alunos;
- Cumprimento da Lei do Plano de Carreira Cargos e Salários (PCCS);
- Realização de auditoria nas contas públicas, respeitando a Lei de responsabilidade fiscal.
Fonte: Assessoria