Em assembleias simultâneas realizadas quinta-feira, dia 03/08, em todo o estado, os trabalhadores em educação estaduais decidiram manter a mobilização iniciada no primeiro semestre para cobrar reposição salarial.
A direção estadual do Sintero, que inclui representantes de todas as Regionais, já vinha mantendo audiências com o governo do estado através da MENP – Mesa de Negociação Permanente, para manter aberto o diálogo.
Diante das reiteradas manifestações dos integrantes da MENP de que o estado não tem recursos para conceder um realinhamento geral de salários, os trabalhadores em educação, na maioria das Regionais, aprovaram uma proposta que será apresentada oficialmente pelo Sintero.
Sem abrir mão da transparência quanto aos valores economizados pela transposição de servidores e quanto à situação do estado perante a Lei de Responsabilidade Fiscal, os trabalhadores em educação propõem a utilização de recursos próprios da educação para a concessão imediata de uma gratificação e o compromisso de sua incorporação no início de 2018.
Ainda nas assembleias simultâneas, os trabalhadores, na maioria das Regionais, deliberaram por um prazo de 15 dias para que o estado responda à proposta. Caso não haja resposta ou se a resposta for insatisfatória, a categoria já deliberou pela realização de paralisações temporárias.
O presidente do Sintero, Manoel Rodrigues da Silva, disse que a categoria da educação é a que tem um dos mais baixos salários do Poder Executivo. Segundo ele, a falta de valorização profissional pelo governo do estado faz com que o salário dos profissionais da educação não acompanhe os índices de inflação nem a correção salarial de outras categorias. Prova disso é o descumprimento da Meta 17 do Plano Estadual de Educação, aprovado pela Assembleia Legislativa e Sancionado pelo Executivo estadual.
O Sintero já encaminhou à Seduc, à MENP e ao Gabinete do governador, documento contendo o encaminhamento aprovado pelos trabalhadores em educação em todo o estado, e aguarda resposta conforme a deliberação. Enquanto isso promove a mobilização da categoria para reforçar a luta por salário e contra as reformas prejudiciais aos trabalhadores.
Fonte: Assessoria