Os trabalhadores em educação municipais de Porto Velho, reunidos em assembleia na tarde desta quarta-feira (05/06) na Praça das Três Caixas D’Água, decidiram manter a greve que já completou um mês.

A categoria rejeitou a proposta inicial da prefeitura, de um auxílio de 6% sobre o vencimento básico acrescidos de 1% a partir de setembro como sugestão da Câmara Municipal, que aceitou intermediar as negociações.

Após várias ponderações, os trabalhadores em educação concluíram que a prefeitura pode melhorar essa proposta utilizando recursos próprios da educação. A categoria avalia que a falta de uma proposta diferente reflete a falta de vontade política do prefeito Mauro Nazif de atender às reivindicações.

Diante da decisão da maioria dos trabalhadores em educação presentes na assembleia de manter o movimento, o Sintero encaminhará novas estratégias de luta a partir desta quinta-feira.

Uma atividade já ficou definida na assembleia. Os trabalhadores em educação municipais decidiram acampar em frente à prefeitura a partir da próxima semana, como forma de sensibilizar o prefeito a apresentar uma nova proposta.

Causou revolta entre os trabalhadores em educação os dados divulgados na assembleia, de que neste ano o subsídio do prefeito teve aumento de 27,2% subindo para R$ 21 mil, enquanto o subsídio do vice-prefeito subiu 28,7% e os secretários municipais tiveram aumento de 101,8%, passando a receber R$ 15 mil.

Para os trabalhadores em educação, o município possui recursos que podem atender às reivindicações, ou pelo menos melhorar a proposta apresentada pelo prefeito.

O presidente do Sintero, Manoel Rodrigues, disse que não está vendo na administração municipal uma vontade de resolver o impasse. “A prefeitura, ao invés de ajudar a resolver o problema, radicaliza cada vez mais. Assim não se vai a lugar algum. A maioria absoluta dos trabalhadores em educação decidiu manter a greve, decisão que tem total apoio da direção do sindicato”, disse.