A depressão, ansiedade e esgotamento mental afetam cada vez mais os brasileiros e brasileiras e, no dia 30/03, os trabalhadores e trabalhadoras em educação do CEEJA José Alves de Almeida, localizado no município de Costa Marques, viveram de perto um episódio traumático após um estudante fazer ameaças de suicídio nas dependências da instituição.

De acordo com o boletim da Polícia Militar, o adolescente de 17 anos ameaçou tirar sua própria vida com uma faca. O objeto cortante foi pego pelo próprio estudante na cozinha da escola. A polícia foi acionada e conseguiu desarmá-lo por meio do diálogo. Em seguida, ele foi levado para o hospital municipal para tomar medicação e se acalmar. Segundo informações da própria polícia, o estudante faz uso de medicação controlada.

Conforme apurado pelo Sintero - Regional Guaporé, este não é o primeiro caso de atentado contra a vida acontecido na escola. Pois um estudante se automutilou com um pedaço de vidro. Na ocasião, os professores e professoras tiveram que fazer intervenção para impedir que o estudante continuasse a se machucar.

Para o Sintero, a vida e segurança de toda comunidade precisa ser prioridade. Por isso, destaca-se os riscos apresentados não só à vida individual dos estudantes que pretenderam atentado contra si, mas também aos trabalhadores e trabalhadoras em educação e demais estudantes que frequentam diariamente a instituição.

O Sintero, como representante da categoria, manifesta preocupação diante das recorrentes notificações de casos de violência nas escolas e solicita maior envolvimento dos órgãos governamentais diante da questão. A depressão afeta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 300 milhões de pessoas no mundo e será o principal problema de saúde do planeta em 2050 ( El país, 11/09/21). Diante disso, o sindicato faz um apelo para que os problemas de saúde mental sejam discutidos nos espaços educacionais, com foco na visibilidade de ações de prevenção do suicídio, de alerta a comportamentos suicidas, estratégias de apoio e locais de ajuda, de forma a impedir que episódios como estes continuem acontecendo nas escolas de Rondônia.

Por isso, o sindicato presta seu apoio a toda a comunidade escolar que vivenciou os episódios traumáticos e reforça seu posicionamento por uma escola pública livre de violência e segura para todos e todas. Também, faz orientação para que todos busquem lugares seguros e notifiquem a polícia militar sempre que casos como estes acontecerem.