Voltar 26 de Fevereiro de 2019

Sintero promove ato público para abordar as consequências sociais da Reforma da Previdência aos trabalhadores


O Sintero em parceria com movimentos sociais e Via Campesina realizou plenária sobre Reforma da Previdência na quarta-feira (20/02) com a participação de trabalhadores e trabalhadoras em educação representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Frente Brasil Popular e Via Campesina, na Regional Centro II, em Ouro Preto do Oeste.

Para o representante Claudinei Lucio (Tijolão), a "reforma" agrada apenas ao mercado financeiro, já que ela atende aos anseios econômicos e não é socialmente justa, pois  prejudica aos trabalhadores rurais e aposentados por invalidez.

De acordo com a nova proposta, a idade mínima para homens e mulheres na aposentadoria rural será de 60 anos. Na regra atual, a idade mínima é de 60 anos para homens e 55 anos para mulheres.

Conforme o novo texto, os trabalhadores rurais vão precisar de pelo menos 20 anos de contribuição. Atualmente a regra não prevê tempo de contribuição, apenas exige um tempo mínimo de atividade rural de 15 anos.

Sobre a aposentadoria por invalidez, a nova regra prevê o cálculo de apenas 60% do benefício, com adicional de 2% por cada ano de contribuição que exceder 20 anos.

Quanto à pensão por morte, o benefício será de 60% do valor, com acréscimo de 10% por dependente adicional. Sendo assim, se o beneficiário tiver apenas um dependente, receberá os 60%, se tiver 2 dependentes, receberá 70%, e o limite é de 100% para cinco ou mais dependentes.

Sobre essa situação, o representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra declarou: “a maioria das pessoas que dependem da previdência estão aposentadas devido a algum tipo de doença, invalidez ou trabalham no meio rural. Essas pessoas ganham um salário mínimo, ou seja, o problema não está aqui, porém a Reforma da Previdência vai penalizá-las. Então, nós nos reunimos para analisar essa questão de ponto de vista macro. Vamos nos mobilizar para que as pessoas entendam essa engenharia política que está sendo feita pelo governo”, disse o palestrante.

Claudinei Lucio também falou sobre a importância do sindicato diante dessa situação. “Essas pautas que são de ordem coletiva como a previdência, saúde e educação, não serão resolvidas por meio de ações individuais. Por isso, para fazer o enfrentamento dessas questões, precisamos de instrumentos de organização política, que é o caso dos sindicatos e dos movimentos sociais. Diante disso, conseguimos observar a importância desses instrumentos para dar o direcionamento à sociedade. Logo, observamos que na atual conjuntura, a possibilidade de algum tipo de parceria entre os movimentos sociais do campo e os sindicatos, é visto com muito bons olhos”, finalizou o representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.


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